porque desastrada mão me estendo
e procuro sem achar
o crepúsculo o vazio estar
o transformar da tarde em vento
porque espreito se cego vejo
o entardecer sereno
o bosque o caudal ameno
da água que vibra sem desejo
calmo fico olhando a tarde
o voo das aves sobre os insectos
e o ar anil que me repousa
e abaixo a mão que já não ousa
mostrar a serenidade dos afectos
em que a alma por vezes arde
Henrique Ruivo
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