Uma tarde é tão pouco em nossa mão!
Os seus anéis deixados os pesamos
Com puros ohos; damos
Rigor ao que é recordação.
Depois a noite esculpe
Nossa extensão no sono.
A que erma catedral iremos nós de estátuas?
Sem um deus que nos culpe,
Tais anéis de outono
Somos imagens fátuas.
Vitorino Nemésio
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