Agora possa dizer o quanto me doíam
a dureza do teu silêncio e as
veredas por onde te sumias
no teu exílio, ilha, o olhar
presos na última réstea de luz que no
mar se afoga.
A voz antiga que se impunha não
falar da tua ausência
enchia-a e distraído
de mim apenas via nela as secas flores
murchas da memória.
Meu ignorado
mestre de enigmas os que percorriam o teu
sorriso breve
só por ti eram sabidos
ocultos na curva doce dos dias
que medias a olhar o teu
próprio fim.
Não mos podias tu ensinar a mim
nem eu aprendê-los de ti podia.
António Dacosta
1 comentário:
Gostei mt!!! Pesado, tenso e mt interessante!
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