Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sempre que a terra continua


Sempre que a terra continua
os cavalos passam...

E os cavalos que passam
são lugares onde o sorriso se suspende
onde, de repente, o lugar da terra se quebra
ante a miséria que se afasta e grita
por entre os olhos envoltos em melancolia.

Qualquer lugar da terra
é o estreito corredor por onde os cavalos passam!...

José Manuel Capêlo (1946-2010)

3 comentários:

Um amigo disse...

Conheci-o há pouco tempo. Foi ele que me procurou porque me queria conhecer. Falámos bastantes vezes. Das nossas vivências, dos trajectos que ambos fizéramos, das pessoas que conhecêramos, das razões que o tinham trazido a este canto extremo da portugalidade.
Não sendo convívio muito demorado, mal tive tempo para traçar-lhe um perfil nítido, nem um mapa completo de carácter ou das emoções. Fiquei com impressão de que terá sido homem de afectos explosivos mas de curto tempo. Alguém que passou pela vida na ânsia de a percorrer plenamente. Depois cansou e veio para aqui acomodar-se nesse cansaço.
Deixa obra poética de valor e o grande entusiasmo pelo tema dos "cavaleiros de Templo" que lhe ocupou boa parte do final da vida.
"Requiescat in pace" amigo Capêlo

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Cheguei a ver o comentário apagado.
Como é possível tanta boçalidade?
Nem os mortos escapam à baixa condição de certas criaturas...
Acho bem que coisas tão infames não sejam exibidas. Não por resguardar os que as produzem mas porque elas rebaixam a sociedade a que pertencemos.