Canção queimada
Ardeu a folha de papel. O fumo,
Subindo, frívolo, sem rumo,
Breve no ar se dispersou.
Triste canção de algum dia!
- Nem um verso gemeu, enquanto ardia,
Nem uma sílaba gritou…
Contudo, pobre canção,
Quanto amor, quanta ilusão
Nos teus versos não havia!
Quanto de mim! Dir-se-ia
Que sem ti, pobre canção,
Minh’alma ficou vazia.
Ah! Sem esta sensação
Tão macia, tão macia
- Embora efémera e fria –
Da cinza na minha mão,
Talvez morresse… Morria,
Contigo, pobre canção!
Carlos Queiroz
3 comentários:
Q poema lindo!!!
Poema inspirador,amiga Júlia.
Até a foto me animou,pois aqui está cinzentão e chuva :(
Olhe,tem andado desaparecida da Aldeia.Amanhã,começa a blogagem de Carnaval com textos giros para comentar.
Jocas gordas
Lena
Oh! Lena!
Tenho andado com tanto que fazer e com tanta falta de inspiração para os temas que propõem que ainda não é desta vez que vou colaborar na postagem colectiva.
Tenho de ver o que vem a seguir, pode ser que as coisas melhorem. Mas desta vez vou aparecer para os comentários.
Beijinho
Júlia
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