A quantidade de chuva que tem caído nas últimas semanas trouxe alguns contratempos e desastres a certas regiões do país. No caso do Alentejo, foi hoje notícia o problema do corte do abastecimento de água à cidade de Évora. No noticiário da tarde da SIC era anunciado que metais, entre os quais o alumínio, tinham sido arrastados pela água da chuva para a albufeira que abastece a cidade e, em consequência, a água que chegava às torneiras tinha excesso deste elemento, o que poderia pôr em risco a saúde pública.
Não é nenhuma novidade que o disparate abunda na comunicação social. O que aconteceu foi que a grande quantidade de água que chegou à albufeira estava carregada de materiais e a própria força da corrente fez com o depósito de fundo se misturasse com a água, tomando esta o aspecto barrento que bem se conhece em circunstâncias como esta. Para tratar esta água e torná-la límpida são usados produtos, em que se inclui o alumínio, em quantidades proporcionais ao estado de turvação da mesma. Isto mesmo explicou o presidente da câmara, mas parece que quem fez a notícia não ouviu ou não percebeu.
Outra notícia foi a derrocada de parte da muralha do baluarte do Mártir Santo em Campo Maior. Não é de admirar que tal tenha acontecido. A água da chuva deve ter saturado a terra que se encontra por baixo das pedras que formam o talude da muralha e a pressão exercida pelas casas que foram construídas sobre a mesma determinou a ocorrência da derrocada. É natural que agora se reclame contra as forças da natureza. No entanto, tudo isto é previsível e só o desmazelo e a velha convicção de que "pode ser que nada aconteça" justificam casos como este.
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