Havia dias em que não lhe apetecia subir a Calçada do Galvão. A rua não tinha motivos de grande interesse. Então, sempre que estava aberto o portão do jardim que se chamava do Ultramar, porque recriava os vários ambientes naturais das então províncias ultramarinas, optava por atravessá-lo. Logo a seguir à entrada que espreita para o Mosteiro dos Jerónimos, esperava-a a alameda ladeada pelas altas e elegantes palmeiras. Às vezes, a falta de pressa, levava-a a percorrer os caminhos que conduziam ao jardim que evocava as regiões orientais, com o regato, a ponte e a vegetação própria daquelas longínquas paragens. Não sabia nada de botânica e os nomes que ia encontrando eram um pouco estranhos, escritos de forma enigmática. Só mais tarde soube que cada planta tem um nome científico, escrito em latim, embora tenha também nomes vulgares nas várias línguas. Sempre gostou de bambus e das sebes que eles formavam, mas, na altura o que mais a impressionou foi ver uma bananeira com a sua penca de frutos.
Às vezes visitava também o Museu, onde encontrava uma colecção de algumas plantas e sementes de que nunca tinha ouvido falar. A saída era feita por este edifício.
A parte superior do jardim tinha um grande tanque, com a água quase sempre com uma cor esverdeada. Também nele nadavam alguns peixes. Ainda hoje se pergunta como era possível que os nadadores do Belenenses treinassem naquela água. Muitas vezes passou por ali e lá estavam eles a percorrer a “piscina” com vigorosas braçadas.
A parte superior do jardim tinha um grande tanque, com a água quase sempre com uma cor esverdeada. Também nele nadavam alguns peixes. Ainda hoje se pergunta como era possível que os nadadores do Belenenses treinassem naquela água. Muitas vezes passou por ali e lá estavam eles a percorrer a “piscina” com vigorosas braçadas.
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