Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Casa alentejana

"O exterior (da casa) mostra as paredes rebocadas e caiadas, às vezes ornadas de barras de cores vivas; aberturas frequentes também nas traseiras, embora faltem nas fachadas laterais; um poial de pedra, à entrada da porta, convida ao descanso pela fresca da tarde. Nem em construções secundárias se usa outra cobertura que não seja a telha. O telhado de quatro águas não é raro. Nos edifícios de taipa, as paredes são às vezes reforçadas por contrafortes salientes de pedra. Dentro a cal branqueia também paredes e tabiques iluminados pela claridade que as vidraças deixam passar; o chão é de terra batida ou, mais geralmente, de ladrilho, de sobrado, calcetado de pedrinhas ou coberto de lages. Um ripado de madeira, esteiras ou até um tecto de pranchas, isolam interiormente o telhado. A chaminé escoa o fumo (…): nas noites frias de Inverno a família junta-se e come à lareira, em cadeiras baixas graciosamente ornamentadas de cores vivas."
.
Orlando Ribeiro (1986). Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. 4ª ed. Liv. Sá da Costa, p. 93-94
.
Foto: Casa em Cabeção, concelho de Mora

3 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Relativamente à Arquitectura Popular, adoro as descrições dos grandes mestres, de que o Geógrafo Orlando Ribeiro é um bom exemplo...

Júlia Galego disse...

Rafael, estamos completamente de acordo. As descrições de O.Ribeiro são uma preciosidade.
Bom fim de semana

Rocio disse...

Sempre que você pode esperar para ter a chance de descobrir coisas novas, eu acho que é bom ter a chance de fazer essas coisas, mas no momento eu estou muito tranquila no restaurantes em jardins