Una larga carretera
entre grises peñascales,
y alguna humilde pradera
donde pacen negros toros. Zarzas, malezas, jarales.
Está la tierra mojada
por las gotas del rocio
y la alameda dorada,
hacia la curva del rio.
Tras los montes de violeta
quebrado el primer albor;
a la espalda a escopeta,
entre sus galgos agudos, caminando um cazador.
Antonio Machado
Foto: Ribeira da Raia, perto de Cabeção. Outubro de 2008
4 comentários:
Agora que o Outono está presente e já nos deixa ver bem perto o frio do inverno, apetece imagens como esta para nos fazer lembra " uma lua quente de Verão que entra pela janela e ilumina uma jarra de flores junto à mesa".
Cumprimentos.
Júlia
O fascínio dos rios é grande, são como artérias que irrigam de vida a terra. A foto mostra uma tranquilidade azul contagiante, é bela.
O poema, lindo, recordou-me as "viagens da minha terra" de Garrett, na descrição do Tejo e suas lezírias do vale de Santarém.
Obrigado
Beijos
Carlos Rebola
Zé, cada estação tem a sua beleza. As cores de Outono são únicas e espectaculares as mudanças que se dão nas paisagens.
Cumprimentos
Carlos, esta Ribeira da Raia tem a tranquilidade que se vê na foto devido a um açude. Nesta altura do ano também não era possível vê-la com tanta água. Mas, em todas as situações, também gosto muito de observar os rios e de os fotografar.
Quanto ao poema, é também de um dos meus poetas preferidos. Antonio Machado descreve os "Campos de Castilla" que, afinal, têm muita coisa parecida com os campos do Alentejo.
Bj
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