Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Amanecer de otoño


Una larga carretera
entre grises peñascales,
y alguna humilde pradera
donde pacen negros toros. Zarzas, malezas, jarales.
Está la tierra mojada
por las gotas del rocio
y la alameda dorada,
hacia la curva del rio.
Tras los montes de violeta
quebrado el primer albor;
a la espalda a escopeta,
entre sus galgos agudos, caminando um cazador.


Antonio Machado


Foto: Ribeira da Raia, perto de Cabeção. Outubro de 2008

4 comentários:

Zé Camões disse...

Agora que o Outono está presente e já nos deixa ver bem perto o frio do inverno, apetece imagens como esta para nos fazer lembra " uma lua quente de Verão que entra pela janela e ilumina uma jarra de flores junto à mesa".
Cumprimentos.

Carlos Rebola disse...

Júlia

O fascínio dos rios é grande, são como artérias que irrigam de vida a terra. A foto mostra uma tranquilidade azul contagiante, é bela.

O poema, lindo, recordou-me as "viagens da minha terra" de Garrett, na descrição do Tejo e suas lezírias do vale de Santarém.
Obrigado

Beijos
Carlos Rebola

Júlia Galego disse...

Zé, cada estação tem a sua beleza. As cores de Outono são únicas e espectaculares as mudanças que se dão nas paisagens.
Cumprimentos

Júlia Galego disse...

Carlos, esta Ribeira da Raia tem a tranquilidade que se vê na foto devido a um açude. Nesta altura do ano também não era possível vê-la com tanta água. Mas, em todas as situações, também gosto muito de observar os rios e de os fotografar.
Quanto ao poema, é também de um dos meus poetas preferidos. Antonio Machado descreve os "Campos de Castilla" que, afinal, têm muita coisa parecida com os campos do Alentejo.
Bj