Estes dias de temporal convidam a permanecer em casa e, quando muito, ver as consequências das situações meteorológicas ao abrigo de qualquer janela.
A chuva tem justificado o ditado "Abril, águas mil".
Mas estes dias fizeram-me recordar as grandes trovoadas a que assisti na minha infância e adolescência. Lembro-me, particularmente, de um dia em que, de repente, no céu começaram a surgir nuvens muito escuras que convergiam para o sítio da minha terra. Os trovões ribombavam e os relâmpagos iam iluminando a escuridão que se foi instalando. Foi um espectáculo aterrador. Pelos vidros da janela ia vendo o que passava no largo em frente da casa. E a minha mãe entoava a reza:
Santa Bárbara bendita
que no céu estás escrita...
Só me lembro do princípio da reza a Santa Bárbara. Podia não ter qualquer efeito, mas reconfortava ouvir aquela lenga-lenga.
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