J. já tinha dobrado a casa dos trinta anos de idade. Como muitos nascidos no interior do Alentejo, a sua vida profissional levou-o a deslocar-se para Lisboa, depois de algumas experiências em terras relativamente próximas da casa dos pais. Morava num bairro onde também se tinha fixado a irmã. As visitas à casa paterna não eram muito frequentes porque custavam dinheiro e o ordenado não chegava para grande coisa.
Uma dessas visitas coincidiu com a feira de Agosto. Nela se vendiam os produtos que normalmente se encontram nas feiras. Mas havia um produto especial: as enormes melancias que faziam as delícias do pai. Gostava de as comprar bem grandes para depois cortar as fatias de modo a deixar um miolo, a que chamava “galo”, bem polpudo, muito doce e suculento. Claro que em Lisboa não havia melancias assim. Então, decidiu comprar uma melancia para mandar para filha. Uma bem grande. E seria o filho a transportá-la. J. bem refilou que era uma coisa do outro mundo levar uma melancia tão grande no comboio e depois no eléctrico até casa. Não lhe valeu de nada. A insistência do pai venceu-o e lá se conformou a transportar o enorme fruto.
Chegado a Lisboa, foi a casa da irmã para entregar a encomenda. Todos ficaram muito contentes com a lembrança. Depois da refeição, toca de abrir a melancia. Decepção total: estava toda estragada. Daquela viagem restou apenas uma quantidade de líquido azedo e um resto de polpa e de casca que foram parar ao lixo.
Uma dessas visitas coincidiu com a feira de Agosto. Nela se vendiam os produtos que normalmente se encontram nas feiras. Mas havia um produto especial: as enormes melancias que faziam as delícias do pai. Gostava de as comprar bem grandes para depois cortar as fatias de modo a deixar um miolo, a que chamava “galo”, bem polpudo, muito doce e suculento. Claro que em Lisboa não havia melancias assim. Então, decidiu comprar uma melancia para mandar para filha. Uma bem grande. E seria o filho a transportá-la. J. bem refilou que era uma coisa do outro mundo levar uma melancia tão grande no comboio e depois no eléctrico até casa. Não lhe valeu de nada. A insistência do pai venceu-o e lá se conformou a transportar o enorme fruto.
Chegado a Lisboa, foi a casa da irmã para entregar a encomenda. Todos ficaram muito contentes com a lembrança. Depois da refeição, toca de abrir a melancia. Decepção total: estava toda estragada. Daquela viagem restou apenas uma quantidade de líquido azedo e um resto de polpa e de casca que foram parar ao lixo.
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