Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tradição e mudança - casos pouco exemplares

É frequente ouvir dizer que o Alentejo é uma das regiões do país onde a arquitectura popular tem sido mais preservada. Quando se pensa nas aldeias e vilas alentejanas temos a imagem de casas baixas, algumas de 1º andar, com as fachadas brancas e rematadas por barras de cores, principalmente, azul, amarelo e verde.
No entanto, se isto é verdade para algumas povoações, não se aplica a muitos casos. A recuperação das antigas casas, necessária para continuarem a ser habitadas, não tem sido feita de modo razoável. É evidente que as obras no interior são fundamentais para dotar as casas de níveis de conforto e de funcionalidade que não tinham.
O espaço interior é privado e cada um faz dele o que bem entende em termos de decoração. Já o mesmo não se pode dizer da parte da casa que pertence ao espaço público. Muitas autarquias consentiram, por decisão ou por omissão, que as fachadas das casas fossem modificadas quanto ao seu revestimento. A cobertura com azulejos e outros materiais choca sobretudo porque são de muito mau gosto. Constituem notas dissonantes no conjunto das outras casas.

Este é um dos muitos exemplos. A grande fachada cega e escura é apenas interrompida pela porta e pelo "armário" que contém os contadores de água e electricidade. O rodapé acompanha o gosto do proprietário.

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