Em Portugal houve sempre uma tendência para a fixação da população na faixa litoral. No século XX este fenómeno acentuou-se de tal modo que a maior parte da população portuguesa se concentrou numa estreita faixa, com algumas áreas de grande densidade populacional correspondendo às maiores cidades, com apenas uma a sul do Tejo: Setúbal.
Portugal parecia assumir a sua vocação atlântica. Mas o que nos liga, actualmente ao mar? Não temos pesca, não temos marinha mercante, os portos estão decadentes... apenas temos as praias.
A integração no espaço europeu, a necessidade de aproveitar a dinâmica espanhola e de aproximação aos outros países da União, não tornará necessário repensar o interior?
Os projectos de que se vai tendo conhecimento para o Alentejo, muitos dos quais de iniciativa espanhola, podem ser o sinal de que alguma coisa vai mudar.
Esperemos que esses projectos respeitem o que torna esta região única no contexto nacional: o património histórico e natural.
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