Ontem assisti a uma reportagem na SIC sobre os ciganos. Retive as seguintes notas:
- O pouco valor que os adultos dão à escolaridade dos filhos; basta-lhes que aprendam a ler e a escrever para poderem vender nas feiras, sua ocupação quase exclusiva.
- As raparigas são discriminadas porque a sua função "é ficar em casa", logo, não precisam de grande instrução.
- A crise que as feiras atravessam está a levar os mais jovens a equacionar outras alternativas profissionais, para as quais necessitam de ter uma escolaridade superior ao 1º ciclo do ensino básico.
- A experiência que está a ser desenvolvida em Braga parece-me muito interessante. Através de uma formação de segunda oportunidade, há jovens a tentar concluir o 9º ano de escolaridade. A ideia é de que se os jovens conseguirem adquirir habilitações académicas e profissionais mais elevadas, estarão mais abertos para a compreensão da importância da escola quando chegar a hora dos seus filhos a frequentarem. É, portanto, um projecto que tenta lançar raízes para o futuro.
Não sabia que nalguns países ditos mais civilizados da Europa os ciganos são obrigados a frequentar escolas para deficientes...
Pelo menos nisso podemos orgulharmo-nos de que as crianças ciganas frequentam as mesmas escolas públicas que acolhem as outras crianças.
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