Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

terça-feira, 4 de março de 2008

O que fazer?

Quanto mais não fosse, a observação das árvores já teria esclarecido a autarquia que a Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, é uma espécie de grande crescimento e, portanto, pouco aconselhável para espaços públicos de reduzida dimensão. Além disso, é uma árvore de folha caduca, mas que perde as folhas durante muito pouco tempo. Durante o Inverno permanece com folhas, facto que pode prejudicar a iluminação dos edifícios quando estas árvores se encontram muito próximas deles.
A falta ou o deficiente planeamento a nível geral, manifesta-se com particular gravidade na escolha das árvores do espaço público. A solução para os inconvenientes provocados pela inexistência de ponderação sobre as espécies mais adequadas para plantar em função dos espaços, resolve-se com a mutilação das árvores. E de nada serve alertar, fundamentadamente, para a incorrecção destes procedimentos. O serrote avança na sua tarefa de cortar ramos indiscriminadamente, até que as árvores ficam reduzidas a tocos e transformando-as em caricaturas daquilo que são quando deixadas crescer sem a intervenção do homem.
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Esta foto foi tirada no dia 1 de Março. As árvores que ladeiam a Avenida da Liberdade, neste troço, são tipuanas. Como se pode ver, há relativamente pouco tempo que foram sujeitas a podas radicais. Mas, apesar disso, lançaram grandes ramadas que cobrem as fachadas dos edifícios que têm, no máximo, dois pisos.
Nesta data, esta imagem está completamente modificada. As árvores já foram podadas.

Caminhando para Oriente, no mesmo passeio, já encontramos o resultado da "limpeza" das árvores. É evidente que este belo edifício merecia ter por companhia árvores de pequeno porte. Mas a autarquia, em vez de pensar na possibilidade de substituir as árvores, volta a podá-las radicalmente, mesmo sabendo-se que, dentro de pouco tempo, as tipuanas estarão tão grandes como antes de serem cortadas. A não ser que acabem por morrer...


Mas tenho de ser justa. Não é só no espaço público que se assiste à prática do corte excessivo das árvores. Esta foto ilustra o que aconteceu aos plátanos e outras espécies no Estádio Capitão César Correia. Neste caso, é difícil de entender este procedimento porque as árvores não interferem com qualquer edifício e estão num espaço aberto. A estranheza aumenta quando esta área tem sido objecto de trabalhos de jardinagem muito cuidados.
Acresce que o estádio é frequentado por muitas crianças e é um péssimo exemplo que lhes é transmitido de falta de respeito pelo ambiente.

Nota: em devido tempo, enviei mensagens sobre este assunto para a Câmara Municipal de Campo Maior e para a direcção do Sporting Clube Campomaiorense.