O mais tardar que podias entrar era até às oito
e depois das oito tornava-se reparado.
Havia ordem no mundo
e meia-hora para nós,
meia-hora que não foi como queríamos
meia-hora em que cada um de nós nos prejudicava
habituados que estávamos a não nos termos visto nunca.
Levámos meia-hora a combinar outra hora para nós
meia-hora que afinal só começou depois de terminada
ao despedirmo-nos até à vista.
E até tornar a ver-te
eu não me senti, nem a fome, nem a sede
nem outra vontade que tu,
fiz como os poetas
que apagam a realidade
para lhe pôr outra melhor por cima.
José de Almada Negreiros
(a programar a visita à exposição: José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno, na Fundação Calouste Gulbenkian)
1 comentário:
Boa tarde
O link para o meu blog "caminhos percorridos", fou alterado para
http://caminhos-percorridos2017.blogspot.pt
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