Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Banco de jardim

Longe estão as noites de bulício na praça (ou será jardim?). Na inclemência dos calores de verão, de dia  faltam sombras acolhedoras que possam amenizar o efeito de acumulador térmico da calçada.
Agora é inverno. Tempo de resguardo no interior das casas. Os bancos vazios esperam  por dias de sol que possam aquecer os corpos friorentos.

8 comentários:

carlos disse...

É excusado...
Vão presidentes, vêm presidentes, vão vereadores vêm vereadores mas certas ideias parece terem vindo para ficar...
os plátanos do Jardim da Cruz das Almas também já foram...
Tristeza...

Júlia Galego disse...

... os plátanos do campo da feira, o medronheiro junto da casa mortuária, diversas árvores junto da barragem do Caia... os exemplos davam uma grande lista. Curiosamente, na área que andaram a "limpar" junto da barragem do Caia, pouparam uma grande quantidade de acácias mimosas, espécie invasora que está a ser um grande problema ecológico.
Pela minha parte não desisto de chamar a atenção, embora sem nenhum sucesso...

Luiz Alexandre disse...

A arquitectura da visibilidade:
Toda e qualquer árvore, ou outro elemento susceptível de se mover ou crescer de forma imprevisível, agrava o risco da criação de ângulos mortos, impedindo ou dificultando a visualização da estrutura sublime de betão, aço e pedra, e terá de ser erradicado do local.
A obra é feita para ser vista, pois ela é o espelho da mente do seu criador.

Júlia Galego disse...

Pois é, Luís. Até há quem diga que está muito melhor porque assim tem uma vista mais desafogada...
De repente, lembrei-me do jardim da Gulbenkian. Quem imaginou aquilo (o arquitecto Ribeiro Teles) não percebia nada destas novas tendências autárquicas de eliminar as árvores dos jardins. Isto sim, com forte inspiração em campos de futebol...

carlos disse...

"A obra é feita para ser vista, pois ela é o espelho da mente do seu criador."

Luiz, faz esta leitura à luz da Natureza e sua Criação e teremos então que nada há a cortar para além do extritamente necessário. Correcto?

De resto entendi a ironia.
Cumprimentos.

carlos disse...

A Julia faz bastante bem em não desistir de chamar a atenção.
Mas visto que ninguém liga nenhuma não seria altura de começarmos a ser mais interventivos?

Num pais em que ser extremista e radical é apelido para todo aquele que não se conforma com barbaridades,trafulhices e outras ilegalidades, eu por mim, e neste assunto, não me importo nada de ser até acusado de Terroista Verde...desde que com isso obtenha algum bom senso da parte de que ordena este tipo de coisas.

Júlia Galego disse...

Carlos, quando são só uma ou duas vozes a fazerem-se ouvir, que efeito é que isso poderá ter? Eu não tenho ilusões, apesar de continuar a protestar.
Repare que até a associação "ecologista" está muda sobre esta questão.
Se a maioria parece achar bem este modo de proceder, é evidente que quem decide acha que não deve mudar de atitude.

carlos disse...

Pois,de facto é asim.
E essas acácias de que fala são realmente uma praga onde quer que se instalam. Ignorá-las enquanto se mutilam criminosamente as outras deveria ser motivo para, no mínimo, questionar na Camara quem quer que seja o técnico que "percebe da poda".
Mas enquanto calamos consentimos...e para o ano haverá mais.

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É impressão minha ou a nossa blogosfera tá feita um marasmo...?