Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Marismas del Odiel 2

A visita às Marismas del Odiel incluiu a passagem por uma área seca onde em tempos se fez a extracção de areias e também foram plantados eucaliptos. Decorrente da classificação que lhe foi atribuída quer pela Junta de Andaluzia, quer pela UNESCO, esta área foi reconvertida, tendo sido retirados os eucaliptos e introduzidas espécies características da flora mediterrânea. No bosque encontram-se pinheiros mansos (Pinus pinea L.), sobreiros (Quercus suber L.), aroeiras (Pistacia lentiscus L.), alecrim (Rosmarinus officinalis L. ), rosmaninho (Lavandula stoechas L.), esteva ou xara (Cistus ladanifer L.) já com as suas lindíssimas flores, as delicadas e floridas abróteas (Asphodelus sp.) , bem como muitas outras plantas e também algumas próprias dos charcos de água doce que fomos encontrando.
Uma imagem do bosque. O ar quente da manhã estava cheio do perfume das plantas que povoam esta área.
A exuberância do estrato arbustivo.

2 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Diversidade, beleza...
O recurso a espécies autóctones relatado neste post é efectivamente uma lição.
Estou neste momento a dar início ao ajardinamento dos espaços exteriores da minha futura casa, onde, entre arbustos e árvores, já constam cerca de 6 dezenas de espécies da nossa flora nativa.
Cumprimentos.

Júlia Galego disse...

Rafael,
Desta minha passagem pela região de Huelva, gostei particularmente de visitar este parque. É uma exemplo de cuidado em preservar o património natural, mas também de o reconstituir nos sítios onde ele foi destruído. Por outro lado, o modo como o põem à disposição das pessoas que o visitam, obtendo com isso receitas que vão ajudar a sua manutenção. E, claro, dá emprego a pessoas especializadas...
Ontem passei na ponte Vasco da Gama e foi com tristeza que comparei o que vi em Huelva com o estado daquela área do estuário do Tejo. Ali está, não sei que cuidados lhe são prestados, mas parece-me que também não existem estruturas que permitam a visita e interpretação daquele espaço.
Agora um desabafo: tenho uma pena enorme da minha casa estar no meio duma vila, em tempo limitada por muralhas que não davam possibilidade de expansão, pelo que tudo o que era quintal foi sendo ocupado com casas. À falta de quintal (temos um espaço a que chamamos quintal, mas é apenas um pequeno pátio interior), tenho vasos com plantas autóctones num terraço. Claro que, com as condições meteorológicas que aqui se fazem sentir, com muitas limitações...
Cumprimentos