Gambozino é uma animal imaginário.
Andar aos gambozinos, significa andar à toa, vaguear, vadiar, vagabundear.
É isto que eu prendendo: vaguear por vários assuntos, vários lugares, ao correr da imaginação e da disposição.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poesia

A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto eu te ouço a passada
Existir como eu existo.

A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.

Fernando Pessoa



2 comentários:

Júlia Galego disse...

Manuel Peralta
Agradeço a visita e o comentário. Eu também gosto muito do nome...

Carlos Rebola disse...

"Poesia"
Júlia
Talvez conheças, mas sobre a morte quero partilhar um poema de Charles PÊGUY sem querer concorrer evidentemente com o poema lindo de Pessoa.

“A morte não é nada,
Só passei para o outro lado,
Eu sou eu. Vós sois vós.
O que eu era para vós, continuo a ser.
Dai-me o nome que sempre me deste,
Falai-me como sempre o fizeste.
Não empregueis uma maneira diferente,
Não tomeis um ar triste.
Continuai a rir daquilo que nos fazia rir juntos,
Sorriam e pensem em mi m.
Que o meu nome seja pronunciado em casa
Como sempre foi,
Sem exagero de coisa alguma.
A vida significa tudo o que sempre foi.
O fio não está cortado.
Porque estarei fora do vosso pensamento?
Simplesmente porque não me vedes?
Não estou longe,
Só estou do outro lado do caminho.”

Partilho este poema porque o acho lindo e de acordo com o que penso sobre a "perda" visual de alguém querido.

Beijos
Carlos Rebola